14 de novembro de 2013

10 de novembro de 2013

3 de novembro de 2013

Olha a porta!

Aí eu parei.
E olhei.
Olhei para a porta entreaberta e hesitei. Como não vacilar? Como não se conter? Como não examinar o caso?
  -É agora ou nunca - ouvi.
- Será? - exclamei.
-Só tenho dúvidas - exclamei.
A porta continuava entreaberta. Uma frase em francês ecoava na minha cabeça - os franceses têm frases para tudo - como uma advertência a jamais ser desprezada.
- Tu es celui pour qui le scandale est arrivé.
 
 
-Eu? Por que um escândalo me atingiria?
 
Fiquei cabreiro. E parado. Estático diante da porta entreaberta. Era entrar ou não entrar, pegar ou largar, mergulhar ou sair de fininho, morder a isca ou sair mascando um chiclete imaginário.
 
Fonte: Juremir Machado da Silva